NOTA DE REPÚDIO - ATÉ QUANDO


NOTA DE REPÚDIO - ATÉ QUANDO
Foto: divulgação

O Sindicato dos Médicos de Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão e Praia Grande (Sindimed) vem a público manifestar seu repúdio diante de mais um episódio de violência em uma unidade de saúde. Em São Vicente, no último dia 25 e outubro, por volta das 14h30, no Pronto Socorro Municipal, localizado no Parque Bitaru, o médico Anderson Silva Mendes foi intimidado e agredido pelo acompanhante de uma criança que aguardava atendimento, que alegava que uma outra criança ( com febre) havia quebrado a ordem de atendimento. Em tempo, vale lembrar que a unidade de Pronto Atendimento Pediátrica Central do Município de São Vicente não possui um serviço de triagem de pacientes baseado na escala de gravidade de Manchester para atender pacientes menores de 12 anos, o que é inadequado, irregular e potencialmente danoso para a saúde das crianças.
Mas desta vez, a história foi diferente. O profissional de saúde (após levar um soco) revidou, atingindo o homem com um teaser. Porém, não recebeu nenhuma ajuda da equipe de enfermagem ou superiores, que nem mesmo acionaram a Guarda Municipal ou a Polícia Militar, alegando que ali quem mandava era “o tráfico”. Não importa que a unidade tenha câmaras de vigilância, nem mesmo que o médico tenha tentando explicar que o problema deveria ser resolvido com a enfermagem e procurou evitar conflito, ele ainda foi acusado de comportamento inadequado e acabou sendo suspenso da unidade de atendimento.
Pior é que em toda a imprensa regional, o “vilão “ da história é o médico, que sequer foi ouvido para dar sua versão dos fatos. Até quando vamos tolerar esses episódios de insegurança aos quais os médicos vêm sendo submetidos !! Na hora de acusar médicos ou equipe de enfermagem aparecem políticos, jornalistas, chefes comunitários e mais para apontar dos dedos. Mas na hora de verificar se a unidade de saúde tem tudo o que é preciso para que os profissionais prestem um serviço de qualidade para a população, raramente aparece alguém.
Basta de violência contra os profissionais de saúde! Quanto ao colega médico, todo nosso apoio e solidariedade.

Dr. Elói Guilherme P. Moccellin
Presidente Sindimed


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