Foi na noite de 22 de março de 1957, na sede da Associação dos Médicos de Santos (AMS), que um grupo de médicos determinados e cheios de ideais fundaram a Associação Profissional Médica de Santos, criada principalmente para padronizar os honorários desta classe.
Havia sido dado o primeiro passo para o fortalecimento da classe médica na região, até então dispersa e desorganizada.
A primeira diretoria da recém-criada entidade, dedicada e batalhadora, foi presidida de 1957 a 1958 pelo saudoso Pedro Alcover de Moura, que trabalhou incansavelmente para que dois anos depois fosse criado o sindicato.
Conforme registrado nas amareladas páginas do primeiro caderno de atas, em 1962, já organizada, a entidade enfrentou seu primeiro grande confronto: foi vítima, como tantas outras, de atos de violência.
O sindicato teve fechada a sua sede provisória e seu então presidente, o também saudoso Maurício Fang, preso. Os anos seguintes de ditadura militar, longos e intermináveis, foram marcados pela repressão.
Nos anos de chumbo, onde não existia democracia e nem liberdade de expressão, a resistência foi a marca da atuação do sindicato. Nesta ocasião, os dirigentes dedicavam horas e horas de trabalho para que a entidade não sucumbisse, como acabou acontecendo com inúmeras.
Ao longos dos anos, as diretorias que assumiam o comando do sindicato não decepcionaram e, compromissadas com a manutenção do Sindimed, conseguiram manter vivos os objetivos da entidade: valorizar a categoria, buscar conquistas e lutar contra a exploração dos médicos.
Também foram prioridades dos presidentes do passado a criação de alternativas para uma melhor qualidade no atendimento à saúde e melhores perspectivas de trabalho aos médicos.
Entre as histórias que marcaram a luta médica está a do abnegado Edmundo Castilho, que presidiu o Sindimed entre 1968 e 1973. Com seu espírito empreendedor, ele criou a Unimed, uma cooperativa médica genuinamente santista e que é hoje uma realidade nacional, um exemplo de cooperativismo na área da saúde.