O resultado que emergiu das eleições de 2018 mostrou uma forte rejeição aos partidos e políticos tradicionais e impôs uma ampla renovação aos quadros do Congresso Nacional. Para se ter uma ideia , no Senado Federal, havia 54 vagas em disputa neste ano, mas dos 32 senadores que concorriam à reeleição, apenas oito foram reeleitos. Já na Câmara dos Deputados, com 513 vagas, 444 candidatos buscavam a reeleição e 251 foram reeleitos provando que os brasileiros disseram nas urnas um sonoro não à velha política e aos escândalos de corrupção e denúncias envolvendo a classe política. Apesar de os números mostrarem que o eleitor resolveu afastar os políticos tradicionais e optar por novos nomes na expectativa de mudanças algumas dessas “raposas partidárias” acabaram sendo eleitas graças às barreiras e artimanhas da legislação, mas foram poucas. Outra mudança notória foi que a partir dessa eleição, o congresso Nacional passou a ter uma maioria de parlamentares com perfil francamente conservador.
A boa notícia para nossa classe é que dos eleitos, 19 parlamentares de primeiro mandato se declaram médicos que somados aos 21 reeleitos somam uma bancada de 40 deputados médicos. No Senado serão cinco senadores médicos.
O resultado das urnas pode ser um reflexo de uma reação do eleitorado à turbulência política dos últimos anos, porém agora é a hora das entidades representantes dos médicos de todo o país se unirem e acompanhar as ações desses parlamentares, para que atuem em prol da classe médica garantindo não só melhores condições de trabalho, mas enfim conquistar direitos há muito pleiteados.

Dra. Maria Cláudia Santiago Cassiano
Presidente